Com cerca de 2
milhões de habitantes Minas Gerais era a província mais povoada no século XIX. Isso
deve-se em grande parte ao Ciclo do ouro. A cultura do café substituiu a
exploração das jazidas e trouxe mais riquezas e investimentos para o estado.
O café entrou em
Minas Gerais por volta de 1707,inicialmente pela Zona da Mata, através do
chamado Caminho novo(criado para o transporte do ouro).Os tropeiros ao voltarem
das viagens de transporte do ouro traziam sementes do café. O transporte era
feito no lombo de muares, mais tarde, o uso de animais determinou o peso padrão
das sacas no Brasil. A saca antes era de 75kg;com o transporte em mulas a capacidade
de transporte era de 120kg,então a saca foi reduzida para 60kg e eram dispostas
uma de cada lado do animal.
A Zona da Mata se
manteve como a região mais rica do estado até o inicio do século XX por causa
do café. Até que São Paulo ganhou força na produção do fruto, contando
inclusive com grandes cafeicultores mineiros que adquiriram propriedades
férteis, principalmente no Oeste paulista.
A dificuldade em
transportar o café para comercializá-lo desestimulava e trazia muitos prejuízos
aos produtores. O historiador francês Pierre Monbeig estipulou que em 1855 o
país perdeu cerca de 120 mil sacas pela ineficiência do transporte, que era
feito por animais. Havia pouco investimento em infra estrutura por parte do
governo.
A primeira linha
ferroviária do Brasil teve sua construção financiada por Irineu Evangelista de
Souza, o Barão de Mauá. O trecho de 16 km, inaugurado em 30 de abril de 1850,
ligava o Rio de Janeiro a Serra do vale do Paraíba Fluminense.
Uma nova ferrovia
foi construída em 1859, a chamada Estrada de Ferro Dom Pedro II, ligava a Serra
Fluminense ao Sudeste de Minas Gerais e ao norte de São Paulo.
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