O café na região de
Ponte Nova nunca teve um grande destaque devido as solos que não eram muito
férteis para seu plantio. Mas no ano de 1911, o município de Rio Doce que nessa
época pertencia a Ponte Nova começou a se empenhar na produção cafeeira nas principais
fazendas daquela região, Gomes e Minhocas. Eram situadas a 366 metros de
altitude com uma área de 520 hectares de produção.
Mas no ano de 1921
Rio Doce foi emancipada, se tornando uma cidade independente e produzindo mais
café que da época que pertencia ao nosso município. Produzia 7.395.000 quilos
de café por ano e teve uma expansão na área de cultivo com uma plantação
cafeeira que chegava a 42.466 hectares de terras. E mesmo assim não era uma
grande produção comparada a outras cidades como Mar de Espanha, Caratinga,
Além-Paraíba, Carangola, dentre outras.
Naquela época o
cultivo do café até chegar nas casas demoravam meses e meses, e depois que ele
era recolhido ficava exposto muitos dias no sol para eliminar as suas impurezas
e depois serem lavados novamente. Como não era uma produção de grande porte o
café riodocense era cultivado nas cidades que estavam em torno das fazendas.
Com o passar do
tempo o cultivo cafeeiro foi diminuindo bruscamente nessa região, pois as
pessoas estavam migrando para os centros urbanos onde tinha uma maior geração
de empregos com melhores remunerações salariais. Então a mão de obra nas
fazendas foram acabando e aos poucos os agricultores que ali trabalhavam não
estavam dando conta de toda aquela terra, fazendo com que o solo fosse perdendo
qualidade sem condições de produzir pés de café. Isso ocorreu não só em nossa
região mais em todo o mundo permanecendo intactas só aquelas regiões que
geravam cafés para comercialização interna e externa em grande quantidade. Pois
os proprietários de terras substituíram a mão de obra pelas maquinas, gerando
assim um grande beneficio para a sociedade pois era cultivado em maior
quantidade e em menos tempo. Sendo uma técnica tão precisa que até hoje é usada
e de uma maneira bem melhor do que nas décadas passadas para melhor atender as
proprietários, ao capitalismo e a sociedade.
Fonte: Livro O CAFÉ , Rio de Janeiro de 1934, 2° volume,
edição do departamento nacional do café.
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